Combate de Paz
Desejar paz não era o suficiente. Foi preciso fazê-la.
O Capitão do Exército brasileiro Luciano Moreira conviveu com a realidade Haitiana quando serviu na Força de Paz a ONU, conhecida como MINUSTAH (sigla em francês para Mission des Nations Unies pour
A narrativa do texto alterna o real com o ficcional, e conta a chegada dos soldados ao aeroporto da capital Porto Príncipe, as primeiras impressões e os primeiros combates do Pelotão Chacal nas favelas, até a hora da partida, quando os militares têm suas vidas transformadas pelo contato da violência e da miséria. Vale notar que foi no mesmo ano em que as histórias do livro são vividas, ano de 2006, que o General Bacellar foi encontrado morto em seu quarto de hotel por ter cometido suicídio.
Com o panorama político conturbado, uma força paralela atuante desestabilizava o governo local. Neste livro, conhecemos a vida de um Tenente que comanda 30 homens numa missão diária de combate nas favelas. Os perigos, o trabalho excessivo e o desgaste psicológico, fazem a relação hierárquica entre os militares se tornarem complexas e curiosas, já que trabalho sobre pressão pode trazer a tona os mais diversos sentimento e atos.
“Por onde o pelotão Chacal passou, deixou uma marca de trabalho e luta com traços brasileiros marcantes. Foi um pelotão que trabalhou exaustivamente, sempre com alegria e vontade de ajudar. Independente do estresse, perigo de vida e outras adversidades enfrentadas, levou à população do Haiti esperança na luta contra o crime organizado, e mostrou valores morais sólidos que orientaram os desenganados pela miséria na condução de suas vidas com um pouco mais de dignidade” afirma o Luciano Moreira.
Ao mesmo tempo os soldados brasileiros descobrem a cultura e os hábitos do povo haitiano, pois passam a maior parte do tempo próximo a população em rondas a pé nas favelas, prática excepcional entre todo o contingente internacional. Os militares travam contato com a miséria e a violência extrema ao presenciarem crianças órfãs, mães desesperadas, fome, falta de higiene, educação e apoio precário da população na saúde, criando um cenário de caos como conta Moreira :
“O que mais me impressionou foi a situação de miséria que os séculos de descaso político impuseram à população haitiana. Crianças dividindo o lixo com porcos à procura de alimento etc”
Nas páginas da obra, o leitor sentirá como é ser um soldado em combate urbano, que se assemelha situação brasileira em que passam a polícia, por exemplo, no Rio de Janeiro. Saberá das sensações de ser um fuzileiro que representa o Brasil, suas felicidades e angustias em uma missão de paz da ONU que acabaram deixando sangue, suor e lágrimas numa tarefa que mais se assemelha a uma de guerra, um verdadeiro Combate de Paz.
Sobre o autor
Luciano Rodrigues Moreira é Capitão do Exército, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, no curso de Infantaria. Estudou e exerceu conceitos e práticas de liderança, durante os cinco anos da formação de oficial combatente do Exército Brasileiro. Comandou Pelotão de Fuzileiros na missão de Paz da ONU no Haiti por seis meses, num período crítico para aquele país. Participou ativamente de inúmeras situações de crise no processo de estabilização, no período eleitoral e pós-eleitoral. Conduziu seus subordinados, por inúmeras vezes, sob fogos inimigos, exercendo a liderança no sentido mais sensível da palavra. É palestrante de liderança e estresse, e atua como instrutor da Escola Preparatória de Cadetes do Exército
Contato com o Autor:
Luciano Moreira
lucianomoreiraconsultoria@yahoo.com.br
(19) 9199 3664
Centro Latino Americano de Desenvolvimento
(19) 32439511
Título: Combate de Paz
Autora: Luciano Moreira
Editora: Baraúna
Número de páginas: 358
ISBN: 978-85-7923-089-9
Número da edição: 1º ed
Formato: 14 x 21
Preço: R$ 40,90
